Ele morreu jovem e bonito,
Morreu gostando de seu copo de gin.
Ele morreu admirando meus olhos,
Seu ultimo beijo foi molhado.
Agora ele estar branco e gelado,
Inanimado em cima desta cama.
Eu fui até o meu espelho,
Penteei meus cabelos,
Logo voltei para a cama para cantar
Uma ou duas canções para ele.
Sei que no fundo de sua alma,
Essa canção penetrou fortemente.
Estou cheia de serpentes,
Moscas em mim aparecem,
Mas não estão atrás de mim,
E sim do cheiro do meu amado.
 
 
Eu o cortei feito um legume podre,
O vi sendo crucificado,
Essa foi sua própria morte,
Que eu a cometi.
Observo o mar e como Ele desaparece.
Entre as aguas ele permanece,
E nunca mais vai voltar.
É um frio perturbador e prospero.
Tem tanta água em mim,
Morro afogada com minhas próprias lágrimas,
Morro entediada com a morte do meu amado.
Eu era sua rapariga,
Eu era sua vadia,
Ele era meu homem.
Eu o matei,
O deixei tomando seu gin.
Seu limpo cheiro estar em meu corpo
Seu podre sangue escorre entre meus dedos
E eu me esqueci de usar a luva negra,
Mas não faz mal, eu sou o próprio.
Estou cheia de serpentes,
Moscas em mim aparecem,
Mas não estão atrás de mim,
E sim do cheiro do meu amado.

Wêide Oliveira
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