Ainda guardo aquela foto,

Ainda lembro do teu rosto,
Do beijo, teu gosto
Teu sorriso falando, tá bobo?!
Nesse momento a resposta seria sim,
Fico sempre que lembro você dentro de mim
Esqueço dessa caminhada pro fim
E me vejo afim...
Enfim, afim e afinal
Seria uma luz, um sinal?
Talvez, seja só mais um passo
Um degaru, vai saber?
Vai querer?
Vai querer saber? O risco correr?
Correr o risco ou correr do risco de não ter o que querer?
O bem querer quer que tenha
Ainda que uma resenha de tudo que se passou
Quem sabe o cheiro de passado,
Passado, já dito, que não quis
Mas o beijo da rua escura
Na esquina sem nome, me trouxe a cura
Tirou-me do Deus dará e deu vida
Vida, agora tua!
Jogada nessa tela sem tintas, sem cores, crua...
Os pincéis estão em tuas mãos, sem saber, sem querer
E mais uma vez tens essa vida, a minha cura...
Jogue, como lá trás, tintas suaves
E me faça mais uma vez,
De vez, tua criatura!
 
Autor: André Xavier
 

André Xavier
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