Meu Jeito


Nos meus caminhos, o luar padece,
O sol não nasce, a luz não aparece,
É tudo escuro e tudo se parece
E nessa senda eu perco a trajetória.
 
na madrugada, a solidão inglória,
se prende em mim e eu trago na memória.
os meus cabelos brancos contam minha estória
e a minha alma enlutada não esquece.
 
Dia a dia, vou ajuntando dores,
Na tarde cinza, o céu não tem mais cores,
Meu canto triste é feito uma prece;
 
Do meu suor, somente o fel escorre,
Aonde eu vou, tudo o que eu toco morre,
por onde eu passo, nem a grama cresce.

BRUNO
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