Eco, porque repete minha voz?
Eu não procuro palavras, procuro apenas sonhos dormidos nas águas, nas estrelas
na solidão de campos sem borboletas nas hastes verdes do arrozal.
Procuro a flor azul que quarda em suas pélalas orvalhos de cristal.
Minha sina é procurar, feito pássaro livre que procura o fim do mundo,
o eco nas cisternas nas grutas onde o silêncio reina absoluto.
Procuro a rosa guardiã do tempo, o pêndulo do silêncio das horas
no giro das asas do vento, que perfuma a alma das flores.
Procuro por passarinhos pelos dourados caminhos...
Eco, porque repete minha voz?
eu não procuro palavras...
Cristiane Coradi.
Tudo se encontra nesta bruma...
a luz habita em mil esconderijos sinos vibram em seus cântigos
nas imensas rodas do dia.
cris coradi
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados