Luzes vivas e acessas, anoitecer preguiçoso
Horas em que o vazio me veste de poesia.
Vago do instante, intervalo escuro e ocioso
Da noite fria quando o pensar em ti é magia
 
Lanço-me ao vento em direção ao caloroso
Cessando a solidão e o silêncio que escorria
Pela chuva a essência de um coração vultoso
Gigante na saudade do meu pulsar em agonia
 
Amargo vir a ser de um pranto calado e seco
Lamento das horas em que a vigília pelo cio
Cerra-me os olhos quando então eu adormeço
 
Pois amanheço, e das lembranças não esqueço
Infinito rcomeço, de um amor em que o brio
Prólogo eterno de uma paixão em recomeço 

 

 

Murilo Celani Servo
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