Devore-me com tua coragem, pois odeio vítimas!

Inspire minha paixão, instigue minha admiração, arranque meu amor!

Nem me importo mais se vou sofrer, se isto me fará sentir dor.

Quero a verdade nua e crua, cruel como as arrebentações marítimas!

 

Diante de ti eu sou uma mariposa a tentar a fremente chama.

Diante da tua coragem eu fico ainda mais ousado e corajoso.

Eu deixo a tua luz me queimar, mesmo amando as sombras: É um gozo!

Eu não compreendo como não pôde dar certo e algo em mim se inflama!

 

Sinto quase como se meu coração fosse parar de bater.

Não é que eu sinta falta, mas procuro uma intensidade ainda maior.

Eu sei o motivo da falha, sei que não pude lidar com a arrebentação do mar...

 

Amo o ousado, a verdade cruel e a coragem de falar o que pode me fazer morrer.

Nas noites de delírio onde me reviro na cama em extremo suor,

Sei que minha falha foi te amar tanto a ponto de não poder te amar...