Tu, salpicada em estrelas,
dá-te conta dessa dobra no Universo
em palavras tenras, sóbrias que enternecem
e desata nós das almas rejuntadas e felizes
com teus versos, ó senhora?

Conta, se puderes,
as fagulhas que acendes e que tornam-se
um não fátuo, fogo fúlgido em grans chamas
que aquecem frio da alma que jazia,
oh! sim, despida de esperança!

Armas, sei, as tens acumuladas,
pois a lida dura, infinda, tem montado
em teu peito um arsenal!

Quem sou eu, ó gran senhora,
para não beijar com os olhos
esses raios que espalhas em letras nobres?

Oh! Quem dera a Poesia me abraçasse e eu alçasse
voo alto e me tornasse vero bardo, vera vez...

Ronaldo Rhusso