Inúmeros tons, a força do sincretismo que narra as diversas quartas-feiras de cinzas.
Lá vem o carnaval.
O samba na ponta do pé.
Corpos pintados que dançam pra lá e pra cá.
As máscaras camuflam-se a essência de todos!
Como camaleões a verdade se mescla com a fantasia.
Quem diria que um dia leria em texto aquela primazia abstrata de uma folia.
Não é pornografia, mas as mulheres ficam nuas na avenida, se eternizando na fotografia.
No céu os rojões, quanta alegria.
O país vive a hegemonia.
Mas tudo se esvai depois das cinzas.

Dhiogo J. Caetano
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