METAMORFOSE (2001)


Será real o que veem meus olhos?
Será o tesouro que protejo o mesmo de todos?
O que sobressai na existência
É a irrestrita incerteza.
 
No espelho, o reflexo meu
Desvelará quem sou?
Aquela ali não sou eu,
É ilusão, carapaça de pó.
 
A mudança seguida, sem intervalo,
É lei do Cosmo, inderrogável,
Também não amolece, uma neurose...
 
Meu tesouro não permanecerá intocado,
Pode até não deixar nesta trilha traço.
Seria ele raro depois da metamorfose?

Lucilla Guedes
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