'UM HERÓI volta ao lar'

E pelo soalho abaixo,
Os ratos comungam e espreitam
Os vivos sácios de chorarem pelos mortos
...
Que no entulho de cadáveres
Buscam olhos que lhes sirvam.
Pois. Só os mortos conhecem o fim da vida.
Nada é infinito, ao mesmo tempo
Que tudo é infinito.
E disso sabem os deuses
Assim como o sabem os mortos.

Vós sob a terra
Ao vosso reino entrarei
Como cumprindo o prometido.
E de cabeça hirta
A carne oferecida a tomarão devolta.
Nada é infinito!
Nada é infinito!
Nessa perpendicularidade de conjecturas
Só o sonho é infinito.

E o novo Deus surgido
(AH! Dó de mim
A qual consagrarei agora o cargo?!)
nada é infinito, nada é infinito.
Aqui até o infinito é finito!!

Teu nome, tanto quanto vulgar
Enobreceu-lhe os teus actos.
Há que vestir o corpo.
Há que vestir a alma.
E agora está-lhe tudo resumido:
Réstias de inscrições na sua lápide...

O_crime_perfeito
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