marca-passo nas marcas do passado,
no presente marca os passos do seu coração:
com pecados pintados em branco insosso,
transparente,
vê da janela de sua vida a ambição...
por seus instantes.
toma ela novamente o ar,
repetindo o ontem, alegremente
soltando o fôlego,
como se corresse pelos campos elíseos
repleto em verde-oliva - reflexo...
porque para ela tanto faz a cor das flores
quando no sorriso o sol reflete
a violência do encanto de sua própria luz
vagalume irradiante em céus vazios
que brilha perdidamente em seu horizonte particular!
extasiada e tão pequena,
ah, pequenina!
em seu mundo, vasto mundo, mundinho!
dança a louca dança -
quem tu és? pergunta quem te olha.
e a liberdade é ela,
ela mesma, feminina.
tão menina que se entrega
porque sabe que é mais nobre deixar-se abater
pelo vento que se tem,
que lhe bate e toca a face
do que pelo namoro de dias futuros
vindouros, tão perfeitos e ideais que nunca vêm,
dias de paquera,
que poderia ter mas não tem.
não, nunca tem.
entao canta, sem parar de correr.
e sem notar que continua a sorrir
de tão perdida que está
em sua estranha alegria.

markquerido
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