Com o pensamento aéreo, repleto de confusão

Fico a divagar, constantemente, sem respostas, vago...

Escuto nitidamente os batimentos de meu coração

E o cérebro se perde em enigmas, um questionamento mago.

 

Como se passasse por mim um sentimento de enganação,

Meu segredo é desconhecido até por mim; é um sombrio lago

Onde me afogo e que tem a força de uma oceânica arrebentação

Causando conflitos internos, me inebriando a um lento trago.

 

Quase a viajar em mim mesmo, sou um complexo labirinto,

Porque me perco em mim mesmo e ninguém me encontra

Neste vasto universo de dúvidas e poucas certezas que sou...

 

Tudo muito vago, fico neutro, e o bem e o mal, que por vezes sinto,

São como coisas passageiras, como a oleosa pele de lontra

Que tento segurar e escorrega. Que tento libertar, mas que ficou...