Feliz é o avestruz: esconde a cabeça na areia e nada vê até ser abatido! É ótimo ser político e ladrão num país de avestruzes.
Sem citar o texto mais conhecido do Berthold Brecht podemos falar de outros que em prosa, versos ou canto mudaram ou deram partida para mudanças importantes. Roger de Lisle recitando o Chant du Depart criava a  Marselhesa que empolgou os franceses para as mudanças da Revolução Francesa e as guerras napoleônicas.
Castro Alves com o seu livro, Navio Negreiro contribuiu para a formação do Movimento Abolicionista no Brasil.
O livro A Cabana de Pai Tomaz foi a centelha que criou  nos Estados Unidos o movimento de apoio aos escravos fugidos do sul.
Um coro: o Va pensiero da ópera Nabuco tornou-se o canto de união dos italianos para criação do seu estado.
A palavra tem uma grande força e não deve ser omitida.  Deve vir do coração para mudar, questionar, criticar.
Um conto do Malba Tahan contava do velho soldado romano reformado, que morrendo em defesa de uma jovem, foi-lhe dado pedir no Céu uma graça. Ele perguntou se os versos do seu filho poeta junto aos césares iriam sobreviver aos séculos. Eram versos lindos, langorosos, telúricos. E foi lhe dada a resposta:- Não. Os versos do seu filho poeta perder-se-ão no tempo,
Entretanto o seu  outro  filho, centurião na Judéia terá uma frase repetida em todas as missas e impressa no livro sagrado de todos os cristãos: "Senhor, eu não sou digno que entreis em minha casa, mas basta uma só palavra Vossa e meu servo será curado".
O que vale não é a beleza das palavras mas a sua grandeza e sinceridade.
Pedro Paulo da Gama Bentes
 
 

 

Pedro Paulo da Gama Bentes
© Todos os direitos reservados