DO CÉU AO INFERNO


DO CÉU AO INFERNO! Versão I
Ele solteiro, a  buscar uma paixão, um  sonhador!
(Na saída de uma missa eles  se encontraram,)
 Ela, viúva (que se dizia  casta), e ali combinaram
Entre eles a meia voz um encontro de amor...
 
Ele  venceu muros e cães mal humorados,
 Chegando  à  alcova,  onde ela  o aguardava,
Falando da enorme  paixão que a dominava,
Por isso fazia tal loucura! E então apaixonados...
 
Foram  ao  leito! E ali  no extremo do orgasmo,
Ela grita de prazer aos céus morrer clamando!
Ele no orgulho da conquista, se queda pasmo...
 
Em êxtase, mas logo cai do céu onde sonha...
Pois de fora batem forte na parede, gritando:
“-PQP! Toda noite é esta mesma pouca vergonha!!!”
 
Pedro Paulo da Gama Bentes
2012/05/11
Este soneto ressuscita palavras esquecidas e pouco usadas, tais como  casta, alcova, leito, pasmo e êxtase.
 
 

Pedro Paulo da Gama Bentes
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