Ó pobre alma
De espírito pequeno
Que ao seu  enclaustro  mostra pálida
A piedade que cantando jogo ao vento
 
Tão dolorosamente por dentro
Porém em duras palavras por fora
Levado pelo calor do momento
Talvez até retire minha cartola
Mas logo me arrependo
E volto a caminhar, carregando a velha sacola
 
Que repleta está dos sonhos apresentados
Pela sociedade um a um
Por mim e o desejo de tantos consumado
Sem pena ou dor, vivem em sua cafarnaum.
 
Presente em  todo tipo de negócio  e perfídia
Sonha solitária com o dia de amanhã
Promessa do futuro contada e cantada pela mídia
A vidas perdidas numa filosofia vã.