O observador
 
Sentado a beira de uma estrada, vendo o movimento continuo dos passantes, são vidas que carregam de um lado para o outro, são sentimentos variados.
De meu observatório vejo em cada rosto que passa por mim uma distancia imensa, me pergunto:
Quem será aquela pessoa? Para onde estará indo? De onde estará vindo? Qual será o seu nome? Em que estará pensando?
São tantas vidas que vejo, vidas indivisíveis, únicas. O movimento impulsionado pelo avançar dos ponteiros do relógio, torna cada momento único, irrecuperável.
Vejo crianças, jovens, adultos e também vejo idosos. Novamente vejo o tempo que nos leva pela mão até o instante final.
Levanto-me sigo em uma direção qualquer, certamente também estarei sendo observado.
  
 
 
 

Cesar Garcez
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