DUETO INTERNACIONAL_XXXXII_Bruno_Soraia

Às vezes me sinto música. Sinto-me linda.

Claro! Uso as crases corretamente.

Insinuo uma vírgula sem interrogação.

Pra quê? Se eu exclamo a posição.

 

Sentes-te música, poesia lúdica,

Sem interpretação, não quero que penses,

Apenas que leias e que digas o que sentes.

Seja ela poesia erótica ou poesia púdica.

 

Então? Nada como ser um ponto e vírgula.

O traço serve para  união  ou contra  posição.

E o tom que escrevo é  sem noção. Apenas um tom,

Tipo o Báton que uso agora para enfeitar meu rosto.

 

Com ou sem enfeites, é o amor que te regula,

Envio-te enfeites para a tua bela evolução,

Para juntar ao teu rosto e ao teu Báton,

Envio-te mil beijos à face, usa-os a gosto.

 

Quanto gosto, tenho em decifrar o ponto.

Finalmente, eu paro para pensar nesse  ponto final,

É o meu mal achar que o travessão ainda existe.

Como uma pausa a multiplicar minha existência.

 

É apenas convenção, afinal não existe esse ponto.

Parar para pensar nele é no mínimo um sinal.

Que apesar do travessão o espirito ainda resiste,

E para provar que persiste, temos a ciência.

 

Assim a vida segue um rumo espetacular.

As músicas me servem como inspiração.

Ouço a melodia e faço verso, um ocular.

Creio que a dúvida não seria do meu coração.

 

Um rumo que nem todos querem observar,

Embrenhados nos desejos e na paixão,

Repetem o mesmo caminho sem reparar,

Que caminham apenas na ilusão.

 
 
 

:O)

Entre-Terras