Retorno ao tempo pelo desato dos laços
Da renúncia do amor que acreditava eterno
Caminhando em solidão, no correr dos passos
A cor de uma paixão que não mais governo
Vivo as lembranças de beijos e abraços
Corpos entrelaçados, aquecidos no inverno
Desejosos em união, iluminando os espaços
Corações apaixonados em versos que esterno
No extremo da erosão, já não existe perdão
Elegia da paixão quando o instante foi corrupto
Sonegando a eternidade me furtando a emoção
Quando a minha arte a ti, já não tem atração
Sigo ermo em direção ao meu fado abrupto
A mercê da sorte pela saudade em digestão
Murilo Celani Servo
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