Não sei se amaldiçoou ou bem-digo
A hora em que te conheci.
E se o amor que me inspiras é castigo,
Se o é por qual pecado mereci?
Devia eu estar exultante de felicidade,
Mas não! Dúvidas corroem minha alma.
O amor que me inspira agride minha realidade,
Me trás desespero e põe por terra minha calma.
Ó terrível tortura é a dúvida!
Destrói nosso equilíbrio interior,
Tira a beleza que tem a vida
E leva alma ao estado de torpor.
Embota os sentidos mais nobres,
Faz da incerteza uma tormenta
As negras nuvens que ao sol encobre
Diante delas a certeza não se sustenta.
A incerteza é caminho sem volta. Quem por ela se contagia, por mais que seja provado que ela não tem razão de ser, já não será a mesma pessoa por que no âmago do seu ser ,num cantinho bem oculto e disfarçada esta a dúvida.Pensando nesta mancha indelével.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele