ADOLETA parte três

 
 Tudo que é muito intenso dói
Lembra teu choro doído de alegria
Se não houve tal é que é de se ter dó
Assim como as retinas não aguentam a potência da luz solar
Em sua plenitude
Também o peito é frágil olhando na direção de amores tão apaixonados
E isso é bom
Por que esses momentos que a gente não aguenta de tão fortes
É que fazem todo o abismo de monotonia valer a pena...
Aqui:
O beijo dolorido das brigas infantis,
O tapa de ciúme dizendo TE AMO,
A noite com outros e o desprezo fingido cortando a existência
Com a falta de sentido que a vida tinha e não se encontra mais por hoje...
O desejo de perseguir faminto esse fantasma liberdade...
A vida ferida por escolha própria, vontade de ser vida além de si!