Minha alma sofrida.

Minha alma sofrida.

Tudo que minha alma absorve
Acaba indeferido pelo meu coração.
São raros os momentos que a ele serve,
Demasiados são os dias de sofreguidão.
 
O sol ao se pôr no fim de cada dia
Traz sombras, murmúrios e fantasias.
Minha alma inquieta navega pela noite fria,
Velejando solitária em busca de calmaria.
 
Na trajetória entre o céu e a terra
Minha alma recita versos magoados.
São tributos que toda tristeza encerra,
Pelos versos de amor nunca recitados.
 
Na penumbra minha alma insatisfeita
Faz vigília rogando em ser consolada.
Porem, seu desejo culmina-se em desfeita,
Porque nem pela lua ela foi acalentada.
 
Meu corpo iludido pelas delicias da vida
Esqueceu-se de sua alma fiel companheira.
Sob os braços do pecado ela vive ferida,
Porque o meu corpo só faz besteiras.

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Jose Aparecido Botacini
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