Aviões que somem sobre os mares,
Navios que não chegam aos seus cais
Objetos deixados à vista de vilões
Teus olhos, chorando, sem explicações
Nuvens lançando água como em galões
Estrelas surgindo na presença da luz
Às vezes a sede que sempre sentimos
Às vezes teu nome em folhas eu pus
Vidas surgindo após tanta dor
Vidas se indo após o labor
Pessoas contentes sem ouro, no chão
Pessoas tão tristes com riquezas em vão
Olhos se cruzando, como velhos conhecidos
Mesmo que nunca tenham antes se visto
Que sentem uma coisa estranha por dentro
Que sentem que existe Alguém sempre torcendo
Perguntas, perguntas
Tão poucas respostas.
Com tudo tão turvo,
Só enxergamos as portas
Esperando que nós, com curiosa coragem
Saibamos um pouco mais, encarando a viagem.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença