Mas amo-te, entendestes?


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Eu beijo-te com todo o meu carinho

E faço-te refém da poesia.

A mesma que me deu a primazia

Á título de ser teu amiguinho.

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Ah! Moça, esse poeta é um tantinho

Ás pobre de palavras, bem dizia

Um outro poetinha, um outro dia!

O mesmo que escrevia sem alinho.

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Eu juro, desconheces esse estilo!

E não te incomoda minha fúria.

Ô dó escancarada da injúria!

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A mesma repetida, pois cavilo

E nada esperançoso é que destilo

O mal envenenando rima espúria...

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Ronaldo Rhusso

RONALDO RHUSSO
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