Eu creio que . . .
Na infância deve ter sido o atalho, a picada, o vazio do puro escape que acolhe e a água límpida nas palmas da mão em concha do riacho. Deve te sido. Como a paz de relva colhida ao solo e o cerco verde de tudo; os patamares de rochas acinzentadas e a fogueira dos sonhos. Labaredas rubro alaranjadas, estalando e crispando; como o calor abrasado dentro da noite fria, esquentando corpos, alma.
Era tudo um sobressalto no exato que não se sabia. As verdades pulavam carniça sozinhas, tocavam no peito e iam brincar de roda, de pique, de esconder . . .
Jamais se revolve essa fímbria liberta, única seiva incólume, que pode não vingar hoje, mas agora e aí ! Só precisa-se que alguém plante uma flor, entre cacos do nunca que é e não será, pode ser. Que deslize uma única pétala, que de eterno se nutre . . . e mais frondosas florestas irão surgir. Eu creio . . .