Madrugadas Tristes

 

Neste imenso nada,
Composto de tudo errado,
De tudo ácido,
De um tudo incerto
E nada discreto.
 
Nesta chuva que sou eu,
Que cai sobre você,
Que encobre seu choro,
Que lava de dor
Nossas almas.
 
No escuro daquele quarto,
Que queria entender o que se passava,
Quando eu também queria entender o que era.
Quando eu gritava por dentro por uma resposta,
Mas só queria, de verdade,
Que você descansasse um pouco.
 
E o meu pecado,
Quem sabe é cuidar de você,
E querer que você descanse,
E não pense em problemas que não deveriam existir.
 
E o pecado sou eu,
Por te fazer triste,
Por não cuidar corretamente,
De quem me faz tão bem.
 

Jonathan Cunha
© Todos os direitos reservados