Patética aquela figura de palhaço!
Um misto de tristeza, alegria e de atrapalhado,
Ali estava com cabelos palha de aço
Que completava um boneco desengonçado
Da platéia vinha aplauso e gargalhadas
Adultos, crianças todos querendo mais,
Era sucesso absoluto a palhaçada
Não havia diferença na platéia eram todos iguais.
Esta é uma lembrança que me vem da minha infância,
E me pergunto, onde está o palhaço?
O tempo está tão longe assim, a que distância,
Está o boneco desengonçado e cabelos de palha de aço?
Não tem mais graça o circo do subúrbio, da roça.
Tudo hoje é diferente da gostosa palhaçada
O importante agora é o automóvel e não a carroça
E a televisão, entretimento de adultos e criançada.
Que saudade que tenho do tempo da minha infância,
Comer pipoca, algodão doce e do sorvete artesanal que se fazia.
Para os que não conheceram, não tem a mínima importância,
Mas os que neste tempo viveram sofrem de nostalgia.
A velocidade do progresso cada dia mais aumenta
O novo de ontem é o velho de hoje, tudo é descartável,
Mas eu sou teimoso desafio o progresso, já passei dos oitenta,
E tenho saudade da apresentação do espetáculo que dizia. Respeitável...
Para ser um palhço tem que ser antes de tudo, um forte! Ele tem de superar a adversidade para fazer outros sorrirem enquanto esconde sua dor em baixo da mascara. Querer ser um palhaço, não é só querer, é preciso ser. Tem que ter o dom de saber fazer gargalhar, de criar alegria.
" Hoje tem alegria? Tem sim senhor! E o palhaço o que é ? É ladrão de mulher!
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