A MATA QUE A GENTE MATA

As folhas secas sempre caem no teu chão,
Se decompondo para enriquecer tua terra.
A umidade vem com o vento, nosso irmão,
Que traz as nuvens em que a água ali se encerra.

Teu substrato, tão humilde, na origem,
É enriquecido pela densa mata virgem.
Mantendo vivas, tua fauna e tua flora,
Em uma harmonia que em todo canto aflora.

É a nossa mata, nossa maior herança, nosso maior legado, nosso maior valor,
Que talvez um dia, não passe de lembrança, e só esteja presente na tela do computador!

Os seres vivos que habitam no teu seio,
Se alimentam com a riqueza do teu meio.
Meio ambiente tão formoso e real,
Onde equilíbrio é a palavra principal.

As criaturas que sustentas com teu sangue,
Nas terras firmes, igapós e até nos mangues.
Se perpetuam para sempre, com certeza,
Se o ser humano não destrói a natureza.

É a nossa mata, nosso maior tesouro, nosso maior presente, presente de Deus,
Que talvez um dia, não passe de lembrança, e só esteja presente retida nesses olhos meus!

A mata, herança, presente de Deus, a mata, lembrança, retida nesses olhos meus
A mata, presente de grande valor, a mata, presente na voz deste trovador!


©Mauro Maracajá – 2011

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Texto base (poema) de canção amazônica (toada) de minha autoria, que divido com o público, por ocasião da passagem do dia do meio ambiente.

BELÉM, PARÁ, NO ANO DE 2010.