Colocam-me numa cruz de preconceitos,onde os cravos não prendem pés e mãos,e sim,minha própria mente.
Mandam-me à guilhotina sem ser culpado,onde a navalha não separa apenas o corpo e cabeça,e sim,loucura e lucidez.
Condenam-me por amar-te loucamente,com a pena,não poder te tocar.
Julgam meus atos só,sem companhia me consomem.
Sinto-me um suicida,cortando meus pulsos,nadando e sorrindo no próprio sangue,vermelho e sóbrio.
Ou então,
um voou,um salto,uma queda,espalhando ao chão meus pensamentos sórdidos.
Ou até talvez,
um louco com papel e caneta nas mãos contando um história tão lucida,que o leva ao êxtase sem conhecer.
Ou quem sabe,
fugindo da realidade,da crueldade dos que os maltratam.
Talvez esse seja eu,um ser incompleto,com a outra metade nas mão dos carrascos.

 
Autor:Verton Brandino da Silva(26/10/2010)
São Paulo

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