Este caminho cinza claro,
que não me alegra,
nem me enfurece,
mas me entristece cada dia mais...
Me mata um pouquinho,
cada dia mais.
 
Os dias de um sol sem brilho,
ou de uma chuva morta,
sem sentido, nem paixão.
Os dias de um completo insosso,
banhado no invisível,
com o cheiro do inodoro.
 
Estes dias sem o menor sentido,
sem nada de bom,
ou nada de ruim.
Dias e noites do mesmo tom,
do mesmo jeito.
 
E nestas longas caminhadas...
E nestes longos dias...
E nesta efêmera eternidade...
Não me vejo com destino.
 
E quando reparo,
que nem um milhão de pessoas ao meu redor,
podem trazer a alegria de estar ao seu lado...
Entendo o título desta poesia.

 

Jonathan Cunha
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