O vento traz trechos soltos da canção que vem do céu,

mas à multidão febril não ouve e os que ouvem não entendem

que a canção que vem do céu fala de dor e não de amor,

pois o céu hoje está triste; hoje o céu está tão triste!

 

Há muito que não o vejo sorrindo, só vejo a chuva que cai há dias,

vejo dias de tristeza e lágrimas; penso que as chuvas são as lágrimas do céu,

as chuvas são as lágrimas do céu!

 

Mas como nada dura pra sempre, sei que esses dias úmidos e cinzentos

hão de passar, assim como a tristeza do céu que o vento irá soprar,

pois o vento é o sopro de Jah.

Assim, toda tristeza do céu e de nossas vidas o vento irá soprar,

pois o vento é o sopro de Jah.

 

Só então essa multidão adoecida pela febre,

que não entende que a canção que vem do céu fala de dor e não de amor.

Saiba que o céu hoje está triste, que hoje o céu vai desabar.

E que as chuvas são como as lágrimas do céu,

as chuvas são as lágrimas de Jah.

 

O vento traz trechos soltos da canção que vem do céu,

mas a multidão não quer enxergar que a canção que fala de dor e não de amor

veio pra nos alertar, que o céu hoje está triste, que hoje céu vai desabar.

E que as chuvas são como as lágrimas do céu,

as chuvas são as lágrimas de Jah.

Ricardo Cabrone
© Todos os direitos reservados