Numa letra, poema talvez

Encontro-me em prantos

De um ser espectral

Um tanto em pedaços

 

Sem sucessp tentando

Juntar restos, migalhas apenas

De um amor sentimental

Embora mais patalógico.

 

E o que sinto no meu ser

Em cada canção, momentos

Relembro sem felicidade

Dos velhos tempos.

 

Éramos nós, sós

Num contexto tão quanto

Mais puro que amantes

Se amando reciprocidamente.

 

E hoje, cada coisa

Cada sonho jogado aos cantos

Em vão, culminando mãgoas, ódios

Revolta tão mais revoltante que nós, revoltados.

 

Quanto tempo não nos falamos

Se antes, não podíamos viver sem,

Nem ver, ouvir, era como...

um dever de sobrevivência.

 

Com sua estupidez,

Quem sabe, minha covardia

Me tirei, deixei tudo...

Saí de vez de sua vida.

 

Mas , que vejo, uma lágrima tardia..

Aos olhos que não mais restam lágrimas,

alguma esperança, me erradia...

 

Sei que um dia, como nas outras vezes

Voltarás a me procurar,

Ainda que demore , inteira, uma vida...

Um dia trarás, consigo, a nossa alegria.

Luzyeny Sintz
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