O natural não provoca, não choca, toca.
Desnuda-se diante de ti sem sentir
E o mal tenta sem razão coexistir.
 
Diante dele, o olhar não é mais o mesmo.
Ele não receia o julgar
Apresenta-se, puro sem pensar.
 
O natural toca de uma forma, que troca.
O mesmo que a pouco o viu
Já não é mais o mesmo.
 
Nem sempre descende da natureza,
Mas, jamais a agride
Às vezes transgride.
 
O natural é posto de certa forma
Que nem a mais dura norma
Resiste ao seu malear.
 
Diante do natural não há ação.
Resta apenas contemplar
O que não tem explicação.
 
O natural não habita a razão, sua morada é a sensação.
Não é moda! È forma que se molda
À medida da apresentação.
 

PATRICIA MONTEIRO
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