Fugiremos agora, enquanto o mundo gira
Esperemos a noite, quando a luz da lua
Iluminar o caminho, dissipando a mentira
Libertando os olhos, do deserto desta rua
 
A cada passo, nos afrouxa a pulseira
Não olhe para trás, já te vejo quase nua
Acelere, corra, alcancemos a fronteira
Agüente a dor, pois o tempo não recua
 
Sorrisos aflorados, na vitória da chegada
Algemas abertas por coragem e bravura
No desejo de vivermos, a liberdade pura
 
Quando flores desabrocham em jardins de fada
Ainda em madrugada oferecendo nossa cura
As marcas de um fim, de uma vida obscura

 

 

Murilo Celani Servo
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