CATARSE

 
A dor de uma paixão não tem remédio
Quando nos queima como ferro em brasa
E todo sentimento, extravasa,
Começa o tormento e finda o tédio!
 
O nosso corpo todo sofre o assédio
E em tremores nossa mente arrasa.
Razão com sentimento não se casa
É como construir sem base, um prédio!
 
Às raias da loucura há de chegar-se
Se da alma sofremos a catarse
Do mais vil e profundo vitupério.
 
O sangue fervente salta das veias
Por ser a sensação estranha, alheia,
Tal qual o doce pecado do adultério!

(Milla Pereira)

N.A.
Agradeço à poeta e amiga, de longa data,
XAMA
por ensinar-me a inserir imagens
nos textos, coisa que, até hoje,
eu desconhecia totalmente.
Valeu,amiga querida.
Beijos

Milla Pereira
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