A decadência

 

Nos aguarda ansiosa desde o momento em que nascemos,

Nem nos damos conta que cada dia vivido um pouco já morremos,

Não damos conta disto!

Que na vida somos tão frágeis como ciscos,

Correndo tanto atrás do metal frio,

Sem tempo pra apreciar a calmaria do rio,

Nos desgostando tanto,

Coração nem sempre brando,

Gritando e rugindo como feras,

Sem perceber que a decadência à frente nos espera,

Com quem gritou tanto vai cuidar dos teus gemidos,

Do teu corpo frágil e sofrido,

Isto se tiver sorte,

Se a decadência não te levar sozinho a morte,

Caduco em meio a molhadelas,

Terás quem pra cuidar de tuas mazelas?

Por isto é preciso todos os dias um pouco de amor plantar,

Ter tempo para amar,

Viver o agora,

Porque a decadência virá sem demora.

Luciene Arantes
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