Vácuo profundo
Que não cansa em me sugar,
Amarela o meu sorriso
E deixem me subjugar.

Demônio alado
Tenta lacrimejar meus olhos,
Fragilizar meu púlpito
E se tens coragem, vem me buscar;

Que lutarei igual um guerreiro,
Como minto agora,
E recusarei me entregar,
Vem cá senhora;

Senhora puta me satisfazer,
Me largar na cama,
Debaixo das fronhas
Como criança mimada a me esconder.

Definhando, dia-dia, na bruma doce do seu seio,
Amamentado no néctar amargo do teu ventre
E metamorfosear-me-ei nisso,
Nisso!

São Paulo.