As artimanhas do destino

Conhecer alguém que não vemos,

Amar alguém que não temos,

Se deixar levar pelo destino,

Num túnel muito estreito e fino,

Um amor que sente-se na medula,

Que raramente se cura,

Por mais que ao céus louve em prece,

Este amor em fios de ouros tece,tece...

Mas como ser amante,

De um ser errante?

E ao mesmo tempo parado,parado...

E o meu amor esmigalhado ,esmigalhado...

Deste amor respirar a aspereza,

E a alma inundada em tristeza...

Um amor ausente sem tato,

Sem pacto,

Funesto destino...

Encarregar a mim um amor em desatino!!!

Um amor insano e latente,

Que insiste na alma e na mente,

Teimosa não aceito as artimanhas do destino,

Nem que noite e dia ouço badaladas de sinos,

Minha alma quer,

Que o dono do meu amor me faça mulher...

Assim eu o farei homem,

E um do outro nos tornem,

Depois nos jejuamos do pecado,

E aos pés do Senhor seremos resgatados.

Vou sempre escrever poemas tristes.Enquanto a dor do desamor em mim persiste!
Luciene Arantes
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