Uma mosca detida na privada
que mesmo liberta ficou parada
até que o jacto provocou o voo
e esta minha preguiça eu não perdoo.
Vou voltar pra Lisboa, mesmo assim,
alguém sempre a causa de meu fim
agora não sou poeta que preste
e nem um pernilongo em mim investe.
Eu não tenho saudades, nunca a tive
Não, minto. Creio que eu tenha das ondas.
Elas estão lá embaixo onde a praia vive
Parece-me óbvio o que o amanhã trará.
Por que me perco no futuro de ontem,
e penso ainda nele, tá, tá, tá?
edu prearo
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