Literatura.
Minha literatura é essa aqui.
Diferente de Machado de Assis.
Porem alguém verá verdade.
Não sou Carlo Drumonnd de Andrades.

Na literatura palavras vou juntando.
A minha vida é seca como diz Graciliano Ramos.
Mas chegou a hora da estrela nesse grande universo.
Quem me disse isso foi Clarice Lispector.

Entre mim o tempo e o vento passam rapidíssimo.
Como eu queria ter conhecido Érico Veríssimo.
Minha vida esta um cortiço que tenho medo.
Até outros dias falei com Aloísio de Azevedo.
E nem mesmo assim minha literatura achou contexto.

Encontrei a moreninha logo cedo.
E logo liguei para o Joaquim Manuel de Macedo.
Mas as primaveras passaram e ninguém percebeu.
Somente Casimiro de Abreu.

Amar, verbo intransitivo.
Mario de Andrade entendia bem disso.
Literatura, literária da liturgia.
Brincar com as palavras sempre foi o que eu queria.
Ou isto ou aquilo quem reconhece.

Somente Cecília Meireles.
Sobre a viuvinha quem já ouviu falar?
Nem mesmo José de Alencar.
Então melhor deixar pra la.
Assim me lembro de alguns da nossa literatura.
E por aqui acaba minha escritura.
Autor: Elvis poeta de rua

ELVIS POETA DE RUA
© Todos os direitos reservados