Tenho uma nova amiguinha,
Que coisa mais linda, me faz sonhar,
Sou adulto e só penso em cirandar,
Seu sorriso desnuda minha alma,
Veste-me de menino,
Quero com ela brincar.
Estou preocupado com seu vestidinho cor-de-rosa,
Não quero que suje, não quero maculado,
Para tanto, todos os dias é dela o meu cuidado,
Sua inocência preserva a mesma beleza,
Que seu lindo trançado atado por chiquinha,
Preciso zelar dessa doce menininha.
Quando me vê, de pronto grita...
Olá Poeta! Vamos brincar?
Sua brincadeira preferida é as palavras agrupar,
Fala pelos cotovelos até se afogar,
Acho tanta graça, faço festa em seu rostinho,
A danadinha fica manhosa, só quer carinho.
Rimos muito, alegra minha vida com tanta candura,
É a hora que olho sério, está na hora preciso ir embora,
Olhinhos carentes e uma pergunta... Volta amanhã, jura?
Poeta, você jura?
Sinto um nó na garganta, meu Deus quanta ternura!
Olho complacente, essa criaturinha em vestidinho rosa de babado.
Sigo meu caminho, mas não sem receber um “Tá”,
Esse “tá” diz muito, me excita, enche-me de emoções,
Sinto nele a confiança depositada, sem restrições,
Preciso voltar, quero sempre retornar para cá,
Gosto do sentir querido, do ser amado,
Tenho por quem, estou motivado.
§D§
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