Suspiros que vêm, vão e fogem das minhas mãos.
Coragens que me matam e desencorajam o coração.
Medroso e covarde eu me vejo de novo,
indo para bem perto, na sua direção.
 
Retiro-me a meios passos, disfarço ser então
vitima das bobagens vindas da emoção.
Medroso e sem coração, friamente eu desenvolvo,
movimentos contrários, vou na contramão.
 
Meu coração te procura, mas você não está comigo.
Minha coragem mata aquilo que eu desejo.
Tentativas de amor que por desistências sigo,
na direção contrária e eu finjo que não vejo.
 
Triste e decidido, prossigo.
Querendo seu toque, seu calor e seu beijo.
Desencorajado, indeciso e fugitivo...
sumo e vou cego carente destes desejos.

Mauro Magalhães
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