Quem pensa que eu não sinto o amor, enganado está
É que quando amo, estranho, me calo
O amor deixa-me em estado catatônico,
Como esponja ele me absorve,
Traz consigo uma energia totalmente cósmica.
Totalmente sem lógica.
Daí, nenhum verso mais me escapa
flutuo como o mais leve algodão.
Mas como o algodão torno-me frágil
E assim componho (ou não): extravaso.
Mas é um extravasar pra dentro,
Um acalanto, não uma euforia de momento!
A dor desse sentimento sua, sai pelos póros.
Então eu choro.
Choro poemas desconexos
Choro os choros mais complexos.
Até que o meu coração se acomode,
Tento, sem sucesso, produzir algum verso.
Transformo a alegria em masoquismo, confesso
É um dilema que absolutamente não meço
Esse sentimento se consome dentro de mim
Leva-me em movimentos ambíguos
A viajar , rasgando o universo, até o fim
Universo ora de paz, ora de dor
Sentimento que ora mata, ora ressuscita
Que coisa estranha!
Será que nem eu sei o que sinto? É amor?
Algo tão controverso...
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