Impessoalidade

 
“Dia”, “bom dia', “como vai você?”
“Alô”, “olá”, “tudo bem?” “Ok?”
Costumes, hábitos, frases soltas,
Que no dia a dia são utilizadas,
Mas que nem sempre tem significados,
Pois são ditas de forma automática.


Várias pessoas que se cruzam,
Que falam e não esperam respostas,
Que passam e nem se importam,
Que se olham e não se veem,
Que esbarram e não se desculpam,
Que vivem a atravessar conversas.


Quantidade de pessoas que se cruzam
Todos os dias, em um ir e vir.
Que se apressam rumo a seus destinos,
Sem se preocupar com os outros.
Que se impessoalizam nos confrontos.
Que se isolam e somem nas multidões.


Esse é o clima das grandes cidades
Diferentes dos municípios do Interior
Onde cada um sabe da vida do outro
Preocupações, curiosidades, apoios
Oferecendo ajuda, organizando encontros,
Festas, grande união e carinho pessoal.


Nessa impessoalidade das metrópoles
As pessoas se isolam, se estressam,
Se abatem, não são vistas, se fecham.
Criam neuras, psicoses e doenças.
Se irritam, se abatem e choram
Sofrem isoladas, quase esquecidas.


Viver bem nessa loucura e frenesi
Vai depender da capacidade de cada um
De administrar seu tempo e seu espaço
Sua rotina, seu lazer, seu orçamento,
Para manter um entusiasmo delirante
Sem cair nas armadilhas do impessoal.

A imagem foi retirada do Google - Imagens. Desconheço a autoria.

Escrita em 12MAR09 - Sao Paulo

Rosana Nobrega
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