Expiro
 
Como a brisa molhada                                                                                                                                          Que escorre esquálida
Na folha da flor
Que ignora o perfume
Não mostra queixume
No espinho pontudo
Atravessa no excesso
Com gotas de acesso
No céu embaçado
Cintilo qual fumaça
Vento que esvoaça
Em contraste da lua
Seqüência intermitente
Veda a visão da gente
Na noite que é magia
Que tudo incendeia
É noite de lua cheia
Qual chama ofegante
A criança correndo
Um velho varrendo
A poeira do luar
Fatos despercebidos
Em todos os sentidos
Que só há vida e vai
Como vão os amores
Com eles as dores
A salvar um lamento
 
 
 
Jorge Gonçalves Junior   -    08/03/2006
 
 
 

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