De que Vale?
De que vale a vida sem o entusiasmo da morte?
De que vale ter ouvidos, se não podemos escutar a melodia do universo?
De que vale a companhia, quando na verdade necessitamos de nós mesmos?
De que vale amar, se ainda não temos o direito de desejar?
De que vale rezar na angustia de uma reposta?
De que vale confessar, quando se espera a extinção do passado ao invés do meigo perdão?
De que vale caminhar, se não escapamos da astuciosa poltrona?
De que vale ser homem, se é inevitável o convívio com selvagens?
De que vale a reclamação recheada de comodismo?
De que vale observar e desejar o paraíso de um angulo diabólico?
De que vale dar valor aos arquétipos, se na contagem final acabamos perdendo as contas?
Renan N.B
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados