Nunca mais baterei à tua porta
Mendigando a esmola de um carinho.
Sei que é triste demais viver sozinho,
Mas a busca perdida não conforta.

O meu peito cansou, não mais suporta
Ver minh’alma ultrajada, em desalinho.
Possa ser que algum dia em meu caminho
Ressuscite essa chama, agora morta.

Vou buscar no primor da doce lira
Esquecer teu amor, essa mentira
Encravada em meus sonhos submersos.

Preservando os meus dotes naturais:
É melhor que não voltes nunca mais,
Só assim poderei compor meus versos

Campina Grande, novembro de 2008.