Saído de um doloroso estio
De paixão minha alma se toma,
Mas antevejo mares bravios,
Se eu der o que minha alma reclama.
 
Se morrer de amor é meu destino,
Com certeza de amor eu morrerei.
O apaixonado é ilógico, tem senso cretino,
E eu não sou tolo, nunca me apaixonei!
 
Esse sentimento supera tudo ate a razão!
Embrutece a alma, tolda os sentidos,
Nos põe caído a rés do chão
E um amontoado de sentimentos incontidos.
 
A paixão é efêmera e volúvel!
Não cria raiz, é um momento fugaz.
È um pedaço da vida inapagável,
Ser apaixonado é não ter paz!
 
Ó tu minha alma insana! Aquieta-te!
Senão tu voltarás ao estio.
Se o amor vier a arrebatar-te,
Não haverá mares bravios
 
Amar é navegar em águas calmas,
E ter os mesmos sonhos e gemer os mesmos ais.
Quanto à paixão, é delírio d’alma,
De um navegante que nunca chegará ao cais.

Pode-se dizer estar apaixonado, mas, dizer eu te amo! Ninguem o faz, porque paixão é efêmera é aquela sensação de que: gostei quero e para mim. Passada a euforia do momento, a emoção da conquista, advém o marasmo e acabou!

Querendo entender