Naquela rua vazia,
Uma pessoa triste,
Tudo olhava e nada dizia,
Será ela ou a rua que não existe?
 
Nem ventava, nem chovia,
Não tinha nem papel no chão!
Tudo parado nada se movia,
Teria ela mão e contra mão?
 
Quem anda naquela rua,
Nem sempre chega ao final.
Não vê nem o sol e nem a lua,
Não difere o açúcar do sal.
 
Não sei onde a rua começa,
Seu final nem posso imaginar.
Mais não recomendo ter pressa,
A quem venha por ela passar.
 
Na minha, na tua, na nossa vida.
Sujeitos estaremos por ela caminhar.
Não sei se ela é curta ou comprida,
Mas é vazia e faz muita gente chorar
 
Seu nome: Rua do Desespero.
Fica no bairro da Solidão.
Ela é o caminho do desterro,
Para quem só vive de ilusão.
 
                     

Pobre de quem vive na solidão! Miserável é quem vive no desepero, mas feliz é aquele que supera a desventura e se torna digno do Criador como criatura.

Tarde chuvosa.