Esses olhos que balançam
Como pêndulos incansáveis
Movidos a uma bateria frágil.
Quando menos se espera, sucumbirão.
Pois inerente ao ser está o despertador d'alma.
Portátil, com os movimentos do corpo,
Movimentos adquiridos com a sociabilidade
Fazem os dedos pousarem leves na mesa,
E a voz sair mansa como um regato
Ocorre que, antes do segundo final,
Espíritos malignos do ar espreitam,
Enquanto olhos de seres de carne e osso
Fingem estar olhando para outros cantos,
No momento em que murmuram
E comentam os pecados de outros...
O despertador d'alma, então, toca!
Hora de ir! Adeus! Até amanhã!
O ecoar de uma palavrinha a mais e BUMMMM!
Será o dia da tua explosão!
Será o dia do teu pecado em exposição.
Murmurado e comentado.
Gritos impressos do alto ao chão.
Mas, contrariando-se presságios:
Se tudo correr bem, sairás calmamente.
E só sua gastrite explodirá...
...em silêncio.
Estresse: autocontrole e explosão gástrica, já me arranjei uma antítese moderna rs.
Beijos e obrigada pela visita!São Paulo, capital
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