O Banquete

Para o divino
paladar de Deus,
os sabores
de uma estrela,
de um planeta.
Que sejam
as galáxias
a abençoada
nobre mesa.
No celestial
banquete,
encontram-se
os imaculados
convidados,
anjos e arcanjos.
Encontram-se
anjos e arcanjos
no celestial
banquete.
Inexiste vida,
nascimento.
Inexiste morte,
renascimento.
Só há o puro ser,
o existir no porvir.
Para além do denso,
abrem-se velhos selos.
Liberta da magna carne,
a atemporalidade condicionada,
manifesta.
O quase eterno secular preso
e o seu impermanente severo
retorno.

Francisco Hélio Silva Alves
© Todos os direitos reservados